Falta Dizer
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Isto não é um poema
Meu abraço a quem me lê da Alemanha, Rússia, Estados Unidos, Brasil.
Muito obrigado por acompanhar o Falta Dizer.
sem ode
ou ladainha
meu verso eclode
no meio da linha
estranho beabá
poça morta
me exorta
a criar
a princípio submerso
o ser se agiganta
quando canta
o verso
força de macaco
primitivo
me junta os cacos
me mantém vivo
caminhos que invento
entre sim & não
não me trazem rendimento
nem me entrego em rendição
redor de neblina
ou breu
não sei onde tudo termina
nem onde começo eu
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
antes oculta
pressinto
nova forma avulta
do indistinto
no fundo da gruta
aclive
treva absoluta
me revive
soçobra
velho eu
sou nova obra
do breu
novo eu
nova cor
o breu
me brilhou
mancha vaga
nova esfinge
escuro apaga
& tinge
nascituro
o breu me refez
escuro
é gravidez
quarta-feira, 28 de setembro de 2011
breu maduro
tudo sumiu
o escuro
é um cio
plena alvorada
alma vazia
noite fechada
me abre o dia
terça-feira, 27 de setembro de 2011
o mundo me cobra
que é que você fez
minha grande obra
infinda pequenez
minha alma levita
& silencia
na bolha infinita
da poesia
vivo & morro
imerso
me guardo no jorro
do verso
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
fratura
& organiza
verso é desmesura
precisa
verbo verdadeiro
pense-o
ele é inteiro
silêncio
muito conhece
pouco angaria
a mente amanhece
de mãos vazias
ao verso apetece
a vida urgente
tudo acontece
no presente
mesmo o que não escolho
aguarda de prontidão
meu olho
& mão
sem rancor
ou timidez
a vida me chegou
de vez
domingo, 25 de setembro de 2011
perseguida
boda
acolho a vida
de uma vez por todas
oscilo
saltando o morno
de muito tranquilo
a todo transtorno
fazer travessura
que ninguém fez
verso é loucura
& lucidez
perdure a
harmonia
fúria
acaricia
desenlace
de caos que havia
dia nasce
com poesia
o solto recimento
o junto disperso
poema é fragmento
& universo
antiga fissura
o mundo no cio
verso inaugura
o que sempre existiu
dentro do ninho
impertinente
verso é sozinho
no meio da gente
sábado, 24 de setembro de 2011
é sempre com
mas nada o captura
distinto tem dom
de mistura
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
visão pura
me conduz
escuro tem fartura
de luz
pé que se aferra
olho sem véu
verso é terra
& céu
de algum labirinto
o verso provém
a princípio indistinto
se finda tão bem
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
chaga
benfazeja
verso afaga
& apedreja
meu verso se presta
a sim & não
sou vasta floresta
& devastação
no que me desfaço
minha forma se apura
sou pobre estilhaço
& grande escultura
praga
cura
verso esmaga
& estrutura
no fundo da gruta
se abre um céu
sou rocha bruta
& hábil cinzel
se adentro escuridão
é pra que amanheça
meu verso me dá chão
& me roda a cabeça
quarta-feira, 21 de setembro de 2011
desengano
surda prece
quem dera o humano
com o humano se desse
meu verso descreve
trajeto assim
depois que voa leve
desaba em mim
terça-feira, 20 de setembro de 2011
rumo certo
descaminho
meu deserto
eu cruzo sozinho
velha figura
mesma sina
vida pura
me contamina
meu verso escuta
& captura
morte absoluta
vida pura
o espelho da vedete
foi pro beleléu
a terra não reflete
o céu
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
não enfeito
no bordão
todo perfeito
é já corrosão
nada aniquila
verve vera
o ser vacila
mas persevera
expectante
da bela rosa
colheita exuberante
pode ser preguiçosa
difícil abc
nem sempre o que convém
é o que vem
a ser
desço os degraus
desfeito em pó
eu & o caos
somos um só
sábado, 17 de setembro de 2011
mundo cinzento
bruto clarão
pensamento
é solidão
domingo, 11 de setembro de 2011
meu rumo eu traço
qual o preto & o engenheiro
digo ligeiro
não me pegue pelo braço
sábado, 10 de setembro de 2011
em área medida
não há quem me meta
sou solto na vida
não preso em gaveta
segunda-feira, 5 de setembro de 2011
hilário herói
triste canalha
riso constrói
& estraçalha
mundo perfeito
desajustado
ajusto com jeito
do meu agrado
de tudo zombo
sem graça ou com
prefiro um bom tombo
ao bom-tom
harmonia
sem mais nem menos
mente vazia
coração pleno
domingo, 4 de setembro de 2011
precária casa
corpo assustado
minha alma vaza
por todos os lados
do vértice
o desmonte
o além verte-se
em horizonte
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