quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Paradinha...

Falta Dizer dá uma paradinha e volta em primeiro de março, com novas atrações.

Até lá, pessoas.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

tempos atrás
num passado distante
o futuro era logo mais
adiante
num passado seguro
presente
tinha futuro
depois da morte - matada
ou morrida -
vai dar uma saudade danada
da vida
pura
ilusão
fugir da clausura
chamada nação
não é que me importe
ter sempre a vida
mas sempre a morte
diferida
poesia
é prosa
& lugar
de quem goza
a agonia
de criar
raro
compasso
não paro
nem passo

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

som informe
sem função
depois que o bebê dorme
prossegue a canção
enterro
na alma vazia
o ferro
da autoironia
a rigor, sou sem estofo
bolo fofo
de fim de festa
cabra mole
que não presta
sequer 
pra manter prole
e mulher

a rigor,
sou frouxo,
covarde,
anti-herói
faço logo muxoxo
se me arde
o dodói

a rigor, sou sem jeito
oco
dorminhoco
prostrado no leito
entediado
bocó
ruim de um lado
do outro pior

a rigor,
sou bobo
sincero
indeciso
aprendiz
compro o que não quero
nem preciso
roubo 
o que não quis

a rigor,
pouco valor
dou aos rigores da vida
onde entrei meio
alheio
já de saída

a rigor,
confesso
aos becados,
no meu ingresso
(primeiro pecado!)
já estava escrito:
este anticristo 
e antijudas
ao mundo veio
deus nos acuda
somente a passeio.
quando me esboço
com bossa e capricho
me esqueço que sou saco de ossos
a caminho do lixo
vivo absorto
com essa estória de morrer
quem sabe depois de morto
ainda descubro por quê
ainda descubro
por que sou todo prosa
sendo mero sangue rubro
embalado em mucosa

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

por melhor
que seja a fase
toda vida é só
um quase

Ainda a demorada campanha do poema breve

I


o verso elucida
o elo forte
da morte
com a vida




II


rota do poeta


sozinho
na estrada
a caminho
do nada





III


meu hangar
& doca
onde o céu toca
o mar




IV


me digo são
nos termos
enfermos
da contradição

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011