terça-feira, 19 de outubro de 2010

A barbárie, figura da civilização

A civilização avança, graças à barbárie.
A barbárie é fronteira e combustível da civilização.
Como fronteira, a barbárie indica à civilização o quanto há para avançar.
Dito de outro modo, a civilização avança à custa do que ainda há de barbárie para superar.
Como combustível, é a descomunal e errática barbárie que provê a energia indispensável às grandes obras da civilização.
Dito de outro modo, os grandes civilizadores são bárbaros remediados.
No contexto da eleição atual, o caluniador tucano é uma reminiscência bárbara.
Mas é também um fator civilizador.
Graças a sua fúria bárbara, os petistas se reenergizam para a realização de sua grande obra civilizadora: a eleição de Dilma, que uma vez concluída deixará mais exangue e exígua a barbárie tucana.
No contexto da eleição atual, também o caluniador petista é uma reminiscência bárbara.
E tudo que se diz sobre a luta dos civilizados petistas contra os bárbaros tucanos se aplica inversamente à luta dos civilizados tucanos contra os bárbaros petistas.
O que me remete a Thomas Mann: somos todos criaturas precárias e sofredoras, mas não nos reconhecemos uns aos outros.
E você, o que acha que falta dizer sobre a bárbara civilização?

2 comentários:

  1. O que falta dizer? Santa Bárbara(...)!!

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  2. Pergunta: e os santos, são bárbaros ou civilizados?

    gd bç, graaaaaaaaaaaaande Eugênio.

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