quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Carta descartável - Ao livre Veloso

O livre Veloso é nulo neles.
O livre Veloso me lembra o free Freyre, outro nordestino autodestinado.
Ambos além das listas demarcadas por enquadramentos paulistas e outros que tais; além dos mercados acadêmicos pré-prontos.
São livres e pronto.
O livre Veloso é exótico endêmico.
Ambíguo umbigo que, num segundo, se abre pro mundo.
Motivo vivo.
Qual mesmo? Tanto não pergunto.
Vamos juntos: ele, anulação; eu, manulação.
A vaca profana do chifre justo, o irritante mutante – ora savana, ora arbusto –, se não salta pra fora e acima da manada, quando nada se lança – direto pulo! – em voto inquieto, nulo.
Nulo neles, em ti te cai bem, Caê.
Em mim também.

Manoel Rodrigues.

4 comentários:

  1. Ei Manel... Gosto desta ira santa, mas estou mais com Caetano na poesia do que na politica. Com você, estou mais no coração sensibilizado com a sua angústia do momento, mas convencido de que em meio a tantas críticas, ainda é justo votar em Dilma.
    Diferente de vc, não identifico nos verdes, neste agrupamento que reuniu desde filho de Sarney a tucanos históricos, como Feldman, qualquer solidez no que fazem ou agem. Oportunismos abundam por aí. OUtras palavras é apostar no que realmente existiu de diferente, de avanço no governo de Lula e na importância de uma mulher na presidência. Vejo-me dimensionando o peso simbólico disto. Mulheres oprimidas deste país conseguirão se oxigenar no dia-a-dia? Aposto nisto tb. Corrupção e exclusivismo são traços petistas que precisam ser tratados. COnsidero também o problema da comunicação e a forma como Serra se alia aos grandes grupos uma ameaça sombria. Para mim, a custo, são motivos para votar DIlma, contra Serra! Um dualismo às vezes é necessário, meu caro!

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  2. O que falta dizer?? Do Ferreira Gular, o que é aquilo gente! Tudo bem, tava zangado e magoado com o Lula, o Juca, o Gil, mas daí declamar poemas pro Serra já é esquizofrenia.

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  3. Ei, Marquinho, obrigado pelo comentário.
    Minha força (estranha) é mais forte no nulo neles.
    gd abraço.

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  4. Ei, Eugenio, o falecido e queridíssimo prof. Paulo Saraiva certa vez resumiu bem o aleijão do adesismo. Qdo. lhe contei que Nelson Rodrigues havia passado a admirar Médici por causa do queixo quadrado do ditador, o prof. Saraiva, diante do motivo bizarro, sentenciou: – Esse aí tava doido para aderir.
    Talvez isso se aplique a muitos figurões das nossas artes que saem por aí tucanando ou petizando, sem que a gente consiga entender bem por quê.

    gd abraço,

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