domingo, 21 de novembro de 2010

O apelo dos polos

Interessante artigo de Naercio Menezes Filho, no Valor Econômico da última sexta, dá conta de um fenômeno que atinge o mercado de trabalho mundial: o crescimento maior da renda tanto no segmento de menor qualificação quanto no de maior qualificação.
O segmento de qualificação intermediária ou perde renda ou tem ganhos menores.
Naercio faz dois alertas:
1) é preciso realizar mais pesquisas para conhecer e compreender melhor o fenômeno, embora apresente já em seu artigo algumas explicações.
2) é preciso encontrar medidas para impedir que o segmento de menor qualificação, atraído por ganhos crescentes, não se conforme com o seu nível de qualificação atual.
Seria, de fato, gravíssimo se as pessoas que hoje possuem menor qualificação decidissem se acomodar em seu estágio atual, já que acumulariam perdas, caso decidissem evoluir para uma condição de média qualificação.
Alguns dados que Naercio apresenta, referentes a quatro grupos educacionais no Brasil, no período entre 1995 e 2009:
- o salário médio dos analfabetos e pós-graduados aumentou em 36%;
- já o salário médio dos trabalhadores com educação básica (ensino fundamental e médio) recuou em 10%;
- enquanto isso, o salário médio dos graduados mas não pós-graduados cresceu 3%.
 Uma das perguntas a serem respondidas por pesquisas futuras seria:
- Será que, entre os trabalhadores que têm somente a educação básica ou apenas a graduação, não obtêm maiores ganhos aqueles que tiveram acesso a uma educação de melhor qualidade?
Uma resposta afirmativa a essa questão poderia ser um fator a mais para que os brasileiros lutem mais por educação de qualidade, em vez de se conformarem com pouca educação.
E, pra você, o que falta dizer?

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