sexta-feira, 19 de novembro de 2010

O fim de Fidel

Inspirado em Isaiah Berlin, eu já havia chamado Fidel de egocrata, em texto satírico publicado no meu finado blog Sparagmós.
Na mesma linha satírica, eu chamo o socialismo cubano de socialismo veterinário.
Por quê?
Porque a educação e a saúde, grandes vitrines históricas do regime, além do esporte, são cultivadas em Cuba aquém do ideário humano, pelo menos segundo uma ótica humanista.
A educação cubana é veterinária, porque segue a lógica do adestramento.
Por quê?
Porque, sem liberdade de expressão, pensamento e cátedra, há apenas adestramento e não há educação propriamente humana.
A saúde cubana é veterinária, porque segue a lógica da mera ausência de doença, pelo menos das doenças mais facilmente perceptíveis, como são as doenças infecto-contagiosas.
Ora, a saúde humana, segundo a Organização Mundial da Saúde, é mais que ausência de doença; é mais, inclusive que bem-estar. Saúde, para a OMS, que adota uma concepção humanista, é qualidade de vida.
Por que a saúde cubana é veterinária?
Porque não se pode falar ainda em saúde humana e em qualidade de vida onde não há e não está previsto haver liberdade de expressão, de participação política, de cátedra etc.
Fidel renunciou à liderança do Partido Comunista.
É o fim de Fidel.
Mas ainda não do socialismo veterinário em Cuba.
E, para você, o que falta dizer?

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