domingo, 5 de dezembro de 2010

Silêncio insustentável

Analistas dão conta de que o PSDB, assim como ocorreu anteriormente a sua desastrada campanha presidencial, permanece, nacionalmente, pouco ativo, dividido e desorientado.
Sinceramente, a crise nacional do PSDB não me dói.
O PSDB, assim como o PT e tantos outros, pertence a uma geração de partidos já finados.
O que me preocupa é o silêncio de Marina Silva.
Uma candidata que chamou para si a bandeira da sustentabilidade ambiental e da qualidade da saúde e da educação deveria estar, no mínimo, glosando os principais lances da política nacional.
Se quiser dar o melhor tratamento ao capital político que acumulou, Marina não poderá se manter em silêncio.
Mais: terá que aprofundar sua mensagem em favor de uma lógica de desenvolvimento distinta da adotada pelo governo Dilma.
Segundo um adágio tão antigo quanto citado, "não existe vácuo na política".
Assim, Marina, ao dormir de touca, permitiu que parte do espaço que é potencialmente seu fosse ocupado recentemente - e muito bem ocupado - por Eduardo Campos, presidente nacional do PSB e governador reeleito de Pernambuco.
A participação mais vigorosa de Eduardo Campos no debate nacional enriquece nossa vida política.
Já o retraimento de Marina tem o efeito contrário e reforça o ponto de vista de uma parcela de seus críticos, para quem sua candidatura era inoportuna e inconsistente.
E, pra você, o que falta dizer?

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