O Brasil adota um regime de metas da inflação.
Não deveria também adotar um regime de metas da educação?
Em tese, nossa meta é chegar a 2022 com os mesmos indicadores de qualidade que os países mais ricos apresentavam em 2003.
Porém, quem presta contas da execução dessa meta?
Quem controla a execução dessa meta?
Meta sem prestação de contas e sem controle da execução não é meta.
Não deveríamos ter metas de leitura e circulação de livros?
Não deveríamos ter metas de acesso à internet?
E essas metas, de leitura de livros e acesso à internet, não deveriam ser tipificadas e qualificadas, para buscarmos mais a leitura de livros acadêmicos, para-acadêmicos e literários, e mais acessos a sites de “conteúdo”?
Não deveríamos acompanhar a execução dessas metas um pouco como acompanhamos, além do “Brasileirão”, as metas de inflação?
Não deveríamos discutir intensa, qualificada e amplamente se a educação no Brasil contribui para a formação de cientistas, pensadores, cidadãos?
Mais: todos querem saber as credenciais do presidente Banco Central.
Todos querem saber se ele é digno do cargo.
Houve agora, por exemplo, uma discussão intensa sobre as credenciais do Tombini.
Foi assim também com o Meirelles, o Armínio Fraga etc.
Mas não foi assim com o Haddad, como não foi com o Tarso Genro, como não foi com o Cristovam Buarque, como não foi com o Paulo Renato.
Não deveríamos sempre conhecer e discutir as credenciais do ministro da Educação?
Não deveríamos exigir currículo, metas, sabatina no Senado, não só para o presidente do Banco Central, mas também para o ministro da Educação?
Não deveria ser tão tensa e delicada a escolha do ministro da Educação quanto é tensa e delicada a escolha do presidente do Banco Central?
O noticiário político dá conta de que o Haddad deve ser reconduzido, pela Dilma, ao MEC. Essa recondução não deveria ser precedida de um balanço público e sério de sua gestão à frente da pasta nos últimos anos?
O presidente da República não deveria discutir frequentemente com a população os problemas e desafios da educação?
Não deveria haver uma agenda consensual da educação, que comprometesse fortemente o presidente, o conjunto do ministério, os governadores, os senadores, os governadores, os deputados federais e estaduais, os prefeitos etc.?
E, pra você, o que falta dizer?
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